Ao longo da vida nossas experiências nos moldam; se inscrevendo em nosso corpo, respiração e mente, revelando nossa história. Somos como argila, que a partir das mãos do artista se transforma em escultura, em obra de arte. A argila é a matéria prima, o artista é a vida que nos surpreende a cada momento com situações e eventos que experimentamos. A obra de arte é o que resulta de nossa interação com essas situações e experiências.

Como ser vivo que somos podemos escolher esculpir conscientemente nossa obra de arte através de nosso corpo, da mente e da respiração.
Diante de momentos que perdemos o fôlego ou que congelamos ou que nossa mente dispara, perdemos contato com o fluir de nossa criação, é momento de fazer uma pausa e começar a respirar.

Como uma proposta de retomar o momento do fluir, de se conectar com seu corpo e percebê-lo, sugerimos uma prática que vamos defini-la como respiração da pele:

Experimente se sentar confortavelmente, olhos fechados, inspire pelo nariz profundamente até o limite do confortável e em seguida expire, também pelo nariz, suavemente, ao término desse ciclo, continue por 15 minutos (se quiser comece com 5 minutos e aumente gradativamente) mantendo essa respiração. Verifique se sua inspiração está ampla, se sua expiração acontece de forma relaxada e, se as duas fases (inspiração e expiração) tem mais ou menos a mesma duração.

Nesta prática a cada respiração se dê conta da pele que reveste todo seu corpo, percebendo seu contorno, deixando ombros, articulações, olhos, etc. confortavelmente soltos e relaxados.

Acompanhe a sua experiência numa atitude meditativa observando sensações, emoções, imagens, pensamentos, etc. E o que quer que aconteça você acolhe sem julgamentos.

Após o término desta pequena prática você vai abrindo os olhos bem devagar e observando à sua volta, em seguida faça movimentos suaves até sentir que é possível se levantar.

Esta prática é como voltar para casa, traz a percepção de si, é como um colo e pode ser utilizada diariamente ou nos momentos de descontrole, quando se sente perdido ou desorganizado. Experimente e sinta como é para você.

Com Amor,
Maria S. R. Oliveira